sábado, 2 de maio de 2009

Hugh Jackman: 'Se alguém vai dizer quem é Wolverine, esse alguém sou eu'



Ator fala sobre experiência de viver o herói pela quarta vez nos cinemas.
Após vazar na web, 'X-Men - Origens: Wolverine' estreia nesta quinta (30).

Hugh Jackman interpreta Wolverine pela quarta vez nos cinemas em “X-Men – Origens: Wolverine”, que estreia nesta quinta-feira (30). Em entrevista ao G1, o ator contou que, além do trabalho de interpretação, se envolveu na produção do longa-metragem, pois queria manter "a integridade e a história” do personagem.

 

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Jackman falou ainda sobre o vazamento do filme na internet, um mês antes de sua estreia nos cinemas, contou o que gosta de fazer nas horas vagas e disse sentir saudades do Brasil. “Não vejo a hora de voltar.” 

Leia abaixo trechos da entrevista. 

G1 - Qual foi sua reação quando recebeu a notícia de que o filme havia sido pirateado e estava disponível na internet?


Hugh Jackman -
 Primeiro achei que era uma piada, parece inacreditável. Mas depois pensei nos caras trabalhando nos efeitos especiais ralando a noite inteira para deixar o filme perfeito. A palavra é frustrante. 

G1 - Ter uma versão por aí inacabada…


Jackman –
 Sim, e que você não quer que ninguém veja. Mas sou otimista. Uns dois dias depois de estar chateado, me liguei que o filme foi feito para ser visto na telona, para os fãs que estão esperando ansiosamente por esse momento. E se as pessoas que baixaram da internet são também fãs, acho que eles vão ao cinema de qualquer maneira. Tem aquele clima de estar dentro do cinema, com os amigos, vibrando... Uma diversão que, na minha opinião, não dá para ser reproduzida numa tela de computador com uma versão inacabada. 

G1 - O que fez com que quisesse ser um dos produtores do filme?


Jackman -
 Acho que se alguém tem o direito de dizer quem Wolverine é, esse alguém sou eu [risos]. Mas o motivo foi o personagem, queria manter sua integridade e história. Achei que em “X-Men 3”, o personagem não tinha mais a mesma garra, e eu queria algo mais ousado, mais poderoso. Os fãs o descrevem assim, e me parece adequado. Queria ver isso se desenvolver. 

G1 – Como produtor, o que você aprendeu sobre o mercado cinematográfico que ainda não sabia?


Jackman -
 O que descobri e me surpreendeu foi a economia da indústria cinematográfica. Ela é realmente fascinante. Quando reparei, estava cada vez mais envolvido. Bem, sou filho de um contador e, praticamente, levei 40 anos para perceber que tinha um pouco desse lado em mim [risos]. 

G1 - Que dieta seguiu durante sua preparação física? 

Jackman -
 Aprendi que, para qualquer tipo de corpo que você queira criar, 70% é dieta e 30%, malhação. Sempre pensei que fosse o contrário. Mas, para criar musculatura, comia dois peitos de frango mais um prato de vegetais a vapor, e duas horas depois começava tudo de novo. Estava sempre digerindo. Parecia ter sempre um prato de comida na mão, o que virou motivo de gozação entre a equipe. Depois, passei para a fase de comer porções menores, e foi impressionante como aumentou minha energia. Não via a hora de treinar. Agora mantenho a mesma dieta, como cinco ou seis pequenas refeições ao dia, e sinto a diferença. Fico mais disposto e com energia. 

G1 - O que mais curte na vida?


Jackman -
 A minha família em primeiro lugar. Mas curto muito também comer [risos]. Claro que não da forma como comi durante o tempo de dieta para o filme, pois apesar de comer muito, não era nada do que queria. Tipo um bom chocolate amargo [risos]. Outra coisa que amo muito é o mar. Adoro lidar com pessoas, e viajar tem sido uma alegria na minha vida, pois acabo conhecendo gente das mais diferentes partes do mundo. Sou também um amante de filosofia, que para mim é amor à sabedoria. Quem somos e por que estamos aqui sempre foram perguntas que fizeram parte de mim. 

G1 - Qual é a sua filosofia?


Jackman -
 Me interessa a filosofia da vida que te faz feliz. Acho que alegria e felicidade são o nosso estado natural, mas que no dia-a-dia esquecemos que existem. Procuro as chaves que me ajudam a encontrar esse estado de espírito. A meditação me ajuda. Medito duas vezes por dia, e percebo como mudou para melhor a minha vida. 

G1 - Você tem boas lembranças da sua viagem ao Brasil (em 2001, o ator esteve no país divulgando o filme “Swordfish – A senha”)?


Jackman –
 Sim, muitas. Amei o Brasil, me lembra muito a Sydney. Não vejo a hora de voltar. 

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